Texto de João Henrique Angelotto
No adulto normal existem 33 vértebras, que são dividas em 5 regiões: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas, sendo que as vértebras sacrais são normalmente fundidas e as coccígeas fundem-se posteriormente na idade adulta. Entre as vértebras há uma separação por discos intervertebrais (IV) elásticos. Uma vértebra comum serve como um modelo constituinte para as outras vértebras, porém não há vértebras iguais. Essa vertebra é composta por um corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos. O corpo vertebral é a parte anterior do osso, normalmente cilíndrica, que sustenta o peso corporal de todo o corpo. Os corpos vertebrais são recobertos em sua superfície por cartilagem hialina e são sobrepostos uns aos outros de modo que o peso é distribuído por toda a coluna. O osso encontrado no corpo vertebral é do tipo esponjoso, o qual possui em seu interior medula óssea vermelha hematopoiética. O arco vertebral situa-se posteriormente ao corpo, e é constituído de dois pedículos e duas laminas. As paredes internas destes formam o forame vertebral internamente. Os pedículos são estruturas cilíndricas pequenas que saem posteriormente do corpo vertebral e encontra-se com duas placas ósseas largas e finas, denominadas laminas. Os pedículos possuem superior e inferiormente sulcos denominados incisuras vertebrais que formam com as vértebras adjacentes os forames intervertebrais. Por estes passa o gânglio sensitivo dos nervos espinhais. Os processos originam-se do arco vertebral e são um conjunto de sete: um processo espinhoso, mediano e inferior, dois processos transversos, localizados posterolateralmente a partir da junção entre pedículos e laminas, e quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores. Os processos espinhosos e transversos são locais de fixação dos músculos profundos do dorso, servindo como alavancas para os movimentos da coluna. Como visto acima, apesar de compartilharem características em comum, as vértebras nao são iguais, sendo que cada vértebra é única. Porém, pode-se agrupar os tipos de vértebras por suas características peculiares, separando-as em grupos regionais.
São as menores vértebras do corpo, e possuem uma grande amplitude de movimentos. A característica principal que diferencia as vértebras cervicais é o forame transversario no processo transverso. -Atlas(C1): singular, nao possui corpo vertebral nem processo espinhoso. Possui duas faces articulares em massas ósseas laterais. Processo transverso com forame transversario. Possui tubérculo anterior com fóvea para o dente do Axis. -Axis(C2): Sustenta o Atlas, possui um dente que proporciona rotação a cabeça. Possui também duas faces articulares nas partes laterais da vértebra. -C3-C7: corpo pequeno e mais largo nas laterais com superfície côncava e unco do corpo. Possui forames transversários nos processos transversos, sendo que estes tem em sua parte terminal uma divisão em tubérculos anterior e posterior. Artérias vertebrais, junto com plexos venosos e simpáticos, atravessam os forames transversários, com exceção de C7. Processo espinhoso de C7 é o mais longo, tornando-se proeminente.
Fixam as costelas através das fóveas costais, localizadas lateralmente no corpo da vértebra e nos processos transversos. Possuem características mistas dependendo da localização próxima a cadeia cervical ou a cadeia lombar. Os processos espinhosos são longos e inclinados e normalmente terminam no plano da vértebra inferior.
As vértebras lombares possuem grandes corpos vertebrais devido ao seu papel na sustentação do peso corporal, ocupando grande parte do volume na região inferior do tronco no plano mediano. Os processos transversos das vértebras lombares possuem uma característica singular, que é a presença de processos acessórios na parte posterior que se fixa a músculos intertransversários. Além desses, as vértebras possuem nos processos articulares superiores estruturas denominadas processos mamilares, que também se fixam a músculos do dorso.
Formado pela fusão de 5 vértebras em adultos, o sacro situa-se entre os ossos do quadril e forma juntamente com outras estruturas a cavidade pélvica. Transite o peso do corpo aos membros inferiores através do cíngulo do membro inferior. O canal sacral, continuação do canal vertebral, possui feixes de raízes dos nervos espinhais originados abaixo de L1, denominado cauda equina. Os nervos saem do sacro através de quatro pares de forames sacrais localizados nas faces anterior e posterior do sacro. A margem projetada mais anteriormente do sacro, pertencente a primeira vértebra, é chamado de promontório, referencia obstétrica de grande importância clinica. Na face dorsal do sacro, que é rugosa, existem cinco cristas proeminentes que correspondem aos processos vertebrais fundidos: uma crista sacral mediana, central, representa os processos espinhais; duas cristas sacrais mediais, representa os processos articulares; e duas cristas sacrais laterais, mais lateral, representa os processos transversos das vértebras sacrais fundidos.
Grupo de 4 vértebras residuais que se articulam com o sacro. A primeira vértebra coccígea pode encontrar-se não fundida. Esta apresenta dois cornos coccígeos que se articulam com os cornos sacrais da quinta vértebra sacral. Não participa da sustentação do peso corporal como as outras vértebras.
Bibliografia
MOORE, Keith L. et al - Anatomia Orientada para a Clínica - 6a Edição