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Polipose Nasal
11/11/2012
Publicado por: administrador

 

Texto de Luana Silva Bessa Guimarães

 

Definição

Epidemiologia

 

Acomete:

Morfologia

 

Os pólipos nasais são compostos por estroma e epitélio. O estroma é formado for tecido conjuntivo frouxo com vasos e densidade variável de leucócitos, principalmente eosinófilos. Tos e Mogensen em 1977 mostraram que as glândulas do estroma do pólipo são diferentes do das glândulas encontradas na mucosa das paredes nasais, indicando que os pólipos não são apenas o prolapso da mucosa nasal. O epitélio é do tipo respiratório típico, não-queratinizado, pseudo-estratificado, cilíndrico, ciliado com células caliciformes, com ocorrência de metaplasia em áreas mais expostas às correntes aéreas.

Etiologia

 

A polipose nasal é o resultado final de um processo inflamatório relacionado a várias doenças, ou seja, multicidade de etiologias, cuja patogênese e etiologia não são totalmente conhecidas.

Patogênese

 

A patogênese da polipose nasal não está completamente estabelecida, entretanto em 1990, Tos propôs a teoria da ruptura epitelial. Essa teoria infere que o fator inicial da formação do pólipo é o edema e infiltrado celular na lâmina própria, seguidas de inflamação e aumento da pressão no tecido, que causaria a ruptura e necrose do epitélio e consequente protrusão da lamina própria. Há tentativa de correção da lesão por migração do epitélio, porém, se a ruptura não for recoberta, a lâmina própria continua a crescer e forma-se pólipo com pedículo vascular.

Doenças Associadas a Polipose Nasal

Intolerância a Salicilatos

Em 1922, Widal et al. descreve a tríade de Fernand Widal, composta por asma, intolerância a salicilatos e polipose nasal. Nesses pacientes, há um longo período entre o aparecimento da asma, que usualmente aparece após os 30 anos e mostra-se de difícil controle, e os pólipos nasais. Ao tratamento, deve-se acrescentar a exclusão dos salicilatos e substancias que provoquem reação cruzada. Esse grupo de pacientes normalmente necessitam de mais intervenções cirúrgicas e maior tempo de tratamento com corticóide tópico.

Rinite Alergica

Por causa da intensa eosinofilia presente no estroma dos pólipos nasais, a rinite alérgica foi considerada causa da PN, por eosinofilia, porém pacientes com polipose nasal não apresentam maior freqüência de alergia que população geral, entretanto, nos pacientes alérgicos, há maior chance de recidiva da polipose após cirurgia, o que torna importante o tratamento da alergia!

Fibrose Cística

Fibrose cística (FC) é a doença letal de caráter genético mais comum na raça branca, sendo 5% dessa população portadora do gene para FC. Há mutação do gene na porção q31 do cromossomo 7. Em 1996, Nishioka e Cook mostraramm que 67% das crianças com FC tinham PN a nasofibroscopia. 10-20% dos pacientes com FC precisam de tratamento cirúrgico nasossinusal.

Outras doenças associadas

Diagnóstico

Sinais e Sintomas

 

Exame Físico

Exames de imagem

 

A visualização de pólipos nasais a nasofibroscopia e/ou a TC de seios paranasais fecha o diagnóstico.

Diagnósticos Diferenciais

 

Tumores epiteliais e mesenquimais Anormalidades anatômicas Concha média bolhosa Papiloma invertido Angiofibroma juvenil Doenças granulomatosas Lesões congênitas

Tratamento

Objetivos

Eliminação ou redução considerável dos pólipos nasais. Melhora ou restabelecimento da respiração bucal Melhora dos sintomas da rinite e melhora do olfato

Tratamento medicamentoso

Na maioria dos pacientes, o tratamento é clínico-cirúrgico. Corticóides tópicos nasais diminuem o tamanho do pólipo e melhoram a respiração, mas não melhoram o olfato. Não tem bom efeito em alguns pacientes, como pacientes com FC e discinesia ciliar.

Corticóides sistêmicos atuam melhor sobre o olfato e são eficazes na diminuição dos pólipos, mas tem efeitos colaterais graves. Em altas doses, por curto período, produzem “polipectomia medicamentosa”. Inibem a formação dos pólipos

Tratamento cirúrgico

Cirurgia endoscópica dos seios paranasais restaura as propriedades fisiológicas nasais, removendo os pólipos e restabelecendo a drenagem e ventilação dos seios paranasais. Tratamento clínico complementar é fundamental, pois a cirurgia não afeta o componente inflamatório da mucosa.

Bibliografia