DIVERTÍCULO DE MECKEL (ou ILEAL)
Autor: Matheus Lemos dos Santos
O divertículo de Meckel foi primeiramente relatado por Fabricius Hildanus (1650) e em seguida por Ruych(1730). Littré encontrou o divertículo em uma hérnia inguinal (1745) e Johann Friedrich Meckel descreveu sua anatomia e embriologia (1809)
O divertículo ileal ou de Meckel é a alteração congênita mais frequente do trato gastrointestinal. É uma evaginação cega e é classificado como um divertículo verdadeiro, ou seja, possui as três camadas: mucosa, submucosa e muscular própria.
Ocorrem em aproximadamente 2% da população, é duas vezes mais comuns em homens e são frequentemente sintomático aos 2 anos de idade (embora somente 4% sejam sintomáticos).
Está localizado a 40cm (até 85cm) da válvula ileocecal e tem aproximadamente 5cm de comprimento.
ORIGEM EMBRIONÁRIA: persistência do ducto vitelino (ou ducto onfalomesentérico), um constituinte do cordão umbilical, resultado de uma involução fracassada.
A mucosa que reveste o divertículo de Meckel pode se assemelhar `a do intestino delgado normal, mas tecidos ectópicos pancreáticos ou gástricos podem estar presentes. Os tecidos gástricos ectópicos podem resultar em ulceração péptica da mucosa do intestino delgado adjacente e se apresenta com sangramento oculto ou dor abdominal (semelhante a apendicite ou obstrução intestinal).
Freitas LAM, Jorge A, Aloísio DAC, Silva AGB. Divertículo de Meckel: conduta no achado incidental. Rev Col Bras Cir. 1998; 26(1):11-14.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robbins. Bases patológicas das doenças. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.