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Exame Físico - Pulsos
04/12/2015
Publicado por: Isabelle Santos Teixeira

Exame dos Pulsos

Autor: Isabelle Santos Teixeira

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O exame dos pulsos abrange pulso radiais, que deve ser feito em consonância à avaliação dos sinais vitais, periféricos e venosos, realizados juntamente do exame cardiovascular do paciente. 

Pulso Radial

Palpa-se na borda lateral do punho.

Veremos a seguir os elementos que devemos analisar:

         Estado da parede arterial

Normal: parede lisa, sem tortuosidades, com fácil depressão.

Achados: ARTERIOSCLEROSE àparede endurecida, irregular e tortuosa

         Frequência

Normal: 60-100 ppm

Achados:

·         Taquisfigmia

·         Bradisfigmia: encontrada fisiologicamente em atletas, ou patologicamente em bradicardia sinusal, bloqueio átrio-ventricular, febre tifoide, icterícia.

·         Déficit de pulso: ao compararmos à frequência cardíaca, esta é maior que a frequência de pulsação, o que indica contrações ineficazes do ventrículo devido, por exemplo, a fibrilação atrial.

Ritmo

Normal: regular

Achados: irregular

·         Arritmia sinusal: pulsações ora mais rápidas, ora mais lentas.

·         Extrassitolia: pulsações prematuras de pequena amplitude seguidas de pausas compensadoras.

·         Fibrilação atrial: completa e constante irregularidade somado a déficit de pulso.

·         Bloqueio cardíaco: pulsos lentos e regulares

Tensão/Dureza

Determinada pela compressão dos vasos.

Normal: mole

Achados: duro

Amplitude/Magnitude

Normal: mediano

Achados: amplo e pequeno.

Tipos de onda

Normal: tipo normal

Achados:

·         Pulso célere ou em martelo d’água: aparecem e somem com rapidez; melhor palpado pela palma do examinador com o punho do paciente acima da cabeça; indicam hipertireoidismo, insuficiência aórtica e anemias graves.

·         Pulso pequeno ou parvus: fraco e pequeno; indica hipovolemia e estenose aórtica.

·         Filiforme: pequena amplitude e mole; indica colapso circulatório periférico.

·         Alternante: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; anda ampla seguida de mais fraca; indica insuficiência ventricular esquerda.

·         Pulso paradoxal: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; exagero da redução normal da pressão sistólica durante a inspiração; indica pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso.

Observação: é importante a comparação com o lado homólogo, sendo indicado na desigualdade oclusões, constrições dos vasos.

Pulsos Periféricos

É recomendável a palpação dos pulsos superiores, o radial e o braquial, e dos inferiores pedioso, poplíteo e tibial posterior. Outros pulsos são palpáveis e aconselháveis para palpação em casos específicos, como o femural em casos de emergência.

            Os pulsos palpáveis são:

·         Carotídeo

·         Temporal

·         Subclávia

·         Axilar

·         Da aorta abdominal

·         Das artérias ilíaca externa e comum

·         Femural

·         Poplíteo

·         Tibial anterior

·         Pedioso

·         Tibial posterior

Pulso capilar

Analisado em leve compressão da unha ao se observar a zona pulsátil da região de transição do rosa para o pálido.

Pulsos venosos

Observa-se o pulso da veia jugular.

Normal: ingurgitamento normal apenas em posições de decúbito ou em angulação de 45º.

Achados:

·         Turgência jugular: ingurgitamento em todas as posições, inclusive supina, o que indica insufiência cardíaca direita, pericardite constritiva e compressão da veia cava superior.

 

Observação: Frêmitos e sopros podem ser originados nas carótidas, nas jugulares, na tireoide ou serem irradiação do precórdio

 

Fonte: Exame Clínico – Porto & Porto, 7ª ed., Guanabara Koogan, 2012.