Exame dos Pulsos
Autor: Isabelle Santos Teixeira
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O exame dos pulsos abrange pulso radiais, que deve ser feito em consonância à avaliação dos sinais vitais, periféricos e venosos, realizados juntamente do exame cardiovascular do paciente.
Pulso Radial
Palpa-se na borda lateral do punho.
Veremos a seguir os elementos que devemos analisar:
Estado da parede arterial
Normal: parede lisa, sem tortuosidades, com fácil depressão.
Achados: ARTERIOSCLEROSE àparede endurecida, irregular e tortuosa
Frequência
Normal: 60-100 ppm
Achados:
· Taquisfigmia
· Bradisfigmia: encontrada fisiologicamente em atletas, ou patologicamente em bradicardia sinusal, bloqueio átrio-ventricular, febre tifoide, icterícia.
· Déficit de pulso: ao compararmos à frequência cardíaca, esta é maior que a frequência de pulsação, o que indica contrações ineficazes do ventrículo devido, por exemplo, a fibrilação atrial.
Ritmo
Normal: regular
Achados: irregular
· Arritmia sinusal: pulsações ora mais rápidas, ora mais lentas.
· Extrassitolia: pulsações prematuras de pequena amplitude seguidas de pausas compensadoras.
· Fibrilação atrial: completa e constante irregularidade somado a déficit de pulso.
· Bloqueio cardíaco: pulsos lentos e regulares
Tensão/Dureza
Determinada pela compressão dos vasos.
Normal: mole
Achados: duro
Amplitude/Magnitude
Normal: mediano
Achados: amplo e pequeno.
Tipos de onda
Normal: tipo normal
Achados:
· Pulso célere ou em martelo d’água: aparecem e somem com rapidez; melhor palpado pela palma do examinador com o punho do paciente acima da cabeça; indicam hipertireoidismo, insuficiência aórtica e anemias graves.
· Pulso pequeno ou parvus: fraco e pequeno; indica hipovolemia e estenose aórtica.
· Filiforme: pequena amplitude e mole; indica colapso circulatório periférico.
· Alternante: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; anda ampla seguida de mais fraca; indica insuficiência ventricular esquerda.
· Pulso paradoxal: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; exagero da redução normal da pressão sistólica durante a inspiração; indica pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso.
Observação: é importante a comparação com o lado homólogo, sendo indicado na desigualdade oclusões, constrições dos vasos.
Pulsos Periféricos
É recomendável a palpação dos pulsos superiores, o radial e o braquial, e dos inferiores pedioso, poplíteo e tibial posterior. Outros pulsos são palpáveis e aconselháveis para palpação em casos específicos, como o femural em casos de emergência.
Os pulsos palpáveis são:
· Carotídeo
· Temporal
· Subclávia
· Axilar
· Da aorta abdominal
· Das artérias ilíaca externa e comum
· Femural
· Poplíteo
· Tibial anterior
· Pedioso
· Tibial posterior
Pulso capilar
Analisado em leve compressão da unha ao se observar a zona pulsátil da região de transição do rosa para o pálido.
Pulsos venosos
Observa-se o pulso da veia jugular.
Normal: ingurgitamento normal apenas em posições de decúbito ou em angulação de 45º.
Achados:
· Turgência jugular: ingurgitamento em todas as posições, inclusive supina, o que indica insufiência cardíaca direita, pericardite constritiva e compressão da veia cava superior.
Observação: Frêmitos e sopros podem ser originados nas carótidas, nas jugulares, na tireoide ou serem irradiação do precórdio
Fonte: Exame Clínico – Porto & Porto, 7ª ed., Guanabara Koogan, 2012.