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Pulmões e Parede Torácica - Propriedades elásticas
05/08/2015
Publicado por: Duana da Frota Araújo

Pulmão

O pulmão tem tendência natural ao colapso, devido à presença de fibras elásticas em sua composição histológica. Lembre que um elástico, por exemplo, permanece contraído e necessita que alguma força seja aplicada a ele para que ele se distenda. Da mesma forma, acontece com o pulmão. Outras duas características responsáveis pela capacidade de expansão e retração do volume são a complacência e a tensão superficial.

·         Complacência: A complacência pulmonar é um resultado da presença de fibras elásticas no tecido pulmonar, bem como da existência da tensão superficial dos líquidos alveolares. É a capacidade que o pulmão tem de aumentar seu volume quando há uma variação da pressão exercida sobre ele. Um pulmão muito complacente é aquele que, com uma variação pequena na pressão, varia muito o seu volume. Já um pulmão pouco complacente é aquele que necessita de grande variação de pressão para variar pouco em volume.

·         Tensão superficial: Tensão superficial é uma força que atua ao longo de uma linha imaginária de 1cm de comprimento da superfície de líquidos. Ela surge por que a atração entre as moléculas de líquido é mais forte do que a atração entre as moléculas de líquido e de gás nos alvéolos, fazendo que a superfície do líquido tenda a ser a menor possível. Essa força que as moléculas do líquido que recobre os alvéolos exerce tende a dificultar a expansão do alvéolo, pois atua no sentido de diminuir o seu volume (e assim diminuir o tamanho da superfície do líquido). A tensão superficial influi na complacência: quanto maior a tensão superficial do líquido pulmonar, menor a complacência do pulmão.

Parede torácica

A parede torácica também é elástica, mas a sua tendência é a de se expandir, ao contrário do pulmão. Essas duas tendências estão em equilíbrio dinâmico. Num experimento em que seja colocado no espaço intra-pleural, o pulmão se colapsa e a parede torácica se expande. A pressão negativa encontrada no espaço intrapleural impede, portanto, que as pleuras se “descolem” uma da outra e que o pulmão colapse ao mesmo tempo em que a parede torácica se expande.


Fonte: ROCCO, Patricia Rieken Macêdo; ZIN, Walter Araújo. Fisiologia respiratória aplicada. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2009.