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Controle Microbiano
17/05/2015
Publicado por: Marjorie Jales

Controle Microbiano
Autora: Marjorie Azevedo Jales
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Um importante aspecto do controle de infecções é a compreensão dos princípios da esterilização, anti-sepsia e desinfecção.

·         Esterilização:é o extermínio total de microorganismos, incluindo esporos, micobacterias, vírus não envelopados e fungos, que são formas mais resistentes. Esse método utiliza procedimentos físicos ou de agentes químicos.

·         Desinfecção:  há destruição dos microorganismos, porém pode ocorrer a sobrevivência dos mais resistentes. Utilização de procedimentos físicos e agentes químicos. Esse método ainda é subdividido em níveis alto, intermediário e baixo, conforme a eficácia dos meios utilizados para destruição de microorganismos e pelo número e resistência dos microorganismos contaminantes.

·         Anti-sepsia:  uso de agentes químicos na pele ou outros tecidos vivos para eliminar microorganismo; não há ação esporicida.

Observação:é importante saber também o conceito de “ agente germicida” como aquele capaz de matar microorganismo, em que a forma de esporo pode sobreviver; “esporicida” como aquele capaz de matar esporos bacterianos.

Mecanismo de Ação

Calor Seco

Geralmente, usado através de fornos e estufas. São necessários longos períodos de esterilização e altas temperaturas. Utilizado em objetos como vidrarias. No entanto, os matérias podem ser danificados pelo processo de oxidação. Vale ressaltar que, em geral, utiliza-se esse método em matérias que não podem ir para autoclaves, como pós, óleos e metais. Em geral, operam em 171oC durante 1 hora, e quando em mais baixas temperatura, maior o período de esterilização.

Calor Úmido

Utilizado por meio de autoclaves, na forma de vapor sob pressão. A alta temperatura causa desnaturação de proteínas microbianas. Em geral, operam entre 121oC e 132oC por 15 minutos.
Observação: a utilização de baixas temperaturas serve para diminuição da taxa de crescimentos bacteriano, como efeito bacteriostático ou dormência de microorganismos.

Óxido de Etileno

Gás incolor, solúvel em solventes orgânicos e água utilizado para esterilização de objetos sensíveis ao calor. Esse processo é geralmente lento, em que o tempo de exposição necessário para esterilização é reduzido à metade a cada duplicação da concentração desse agente. Possui atividade esporicida devido ao poder de alquilação do grupos hidroxil, carboxil, amino e sulfidrila terminais, o qe bloqueia os grupos reativos para muitos processos essenciais. Deve-se ressaltar que esse gás é tóxico para tecidos viáveis, assim, deve ser retirados dos objetos antes de serem utilizados.

Aldeídos

Da mesma forma que o óxido de etileno, os aldeídos possuem capacidade de alquilação. Os dois mais conhecidos são o formaldeído e o glutaraldeído, ambos sendo utilizados como esterelizantes ou desinfectantes de alto nível. Em geral são tóxicos, irritantes e cancerígenos.

Halogênicos

São compostos contendo iodo ou cloro. O iodo é o halogênico mais eficaz para desinfecção. Ele é um elemento muito reativo que precipita proteínas e oxida enzimas essenciais.  A iodo povidona é usada mais comumente, sendo relativamente estável e atóxica para tecidos.

Álcoois

A atividade germicida aumente com o aumento do comprimento da cadeia. Os dois mais utilizados são o etanol e o isopropanol. Eles são geralmente bactericidas contra bactérias na forma vegetativa, micobactérias,  alguns fungos e vírus contendo lipídios. No entando, não possuem atividade contra esporos e vírus sem lipídios. A atividade é aumentada na presença de água: o álcool à 70% é mais eficaz que o álcool a 95%.


Fonte: Microbiologia Médica - 6ª Ed. - Patrick R. Murray, Ken S. Rosenthal