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Dor Ciática
02/05/2015
Publicado por: Flora Cruz de Almeida

 Dor Ciática

Definição

Dor que se irradia no curso do nervo ciático.

Locais mais comuns: rupturas discais e osteoartrite (níveis de L4 e L5 e L5 e S1, menos frequente em L3-L4). Outros: cavidade pélvica, glúteo, m. bíceps femoral.

Mecanismo

Distorção da rota do nervo ou do seu gânglio sensorial com efeito local de citocinas.

Epidemiologia

·         85% dos casos de dor ciática estão associados à desordens discais;

·         40-50 anos.

Clínica

·         Começo: dor repentina ou de aparecimento lento em atividade física;

·         Característica da dor: dolorida e aguda (pontada) e se irradia ao longo da nádega, dorso-lateral da coxa (compressão de L5) e posterior (S1). L4: anterolateral da coxa.

·         Unilateral de acordo com ruptura do disco e estenose foraminal da osteoartrite da coluna vertebral.

·         Pode ser bilateral na hérnia de disco central, estenose lombar e espondilolistese.

·         Aumento da dor lombar com tosse, espirro, Valsava + (dependendo do local e tamanho da ruptura, a postura pode minimizar);

·         Ciática que simula claudicação: compressão da cauda equina;

·         Pode ter parestesia ao longo do nervo;

·         Teste para diferenciar de ciática é causada por compressão da raiz espinhal no disco: Lasègue.

Imagem

·         Raio x lombar: limitada informação, mas pode mostrar diminuição do espaço intervetebral, osteomielite, espondilolistese, infiltração de tumor;

·         RNM: natureza e localização da ruptura discal ou lesão espinhal, osteoartrite, cisto sinovial na faceta articular;

·         TC: pouco usada;

·         Eletromiografia: denervação muscular que corresponde a uma raiz nervosa.

Causas não-espinhais de ciática

Doenças do quadril e ciática são suscetíveis a serem confundidas entre si; uso de carteiras, celulares, pressionando o n. ciático; zoster; trauma no nervo; ginecológico e periparto (cisto ovariano pressionando, gravidez, endometriose).

Tratamento

·         Conservador: se resolve sem tto na maioria dos casos; atividade física; AINES; glicocorticoides; opioides; antidepressivo; relaxante muscular; fisioterapia.

·         Cirúrgico: se resolve sem tto em 2/3 dos casos em 2 semanas e ¾ em 3 meses. No entanto, muitos são a favor da cirurgia pelo alívio da dor. Adia-se muito a cirurgia para ver se a dor diminui. Tem sido recomendada para casos de grandes rupturas de discos no canal espinhal que comprimem a cauda equina e causa falha nos esfíncteres da bexiga e intestinal.

Fonte: Manual de Reumatologia para Residentes, 1ª Edição, Medeiros, M.M.C.