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Osteoporose
02/05/2015
Publicado por: Flora Cruz de Almeida

 Osteoporose

Definição

Caracteriza-se pela menor resistência do osso que resulta em maior risco de fraturas (principalmente: vérterbras e quadril).

A perda de tecido ósseo está associada à deterioração da microarquitetura esquelética.

Pela OMS, com base no resultado da densitometria óssea:

·         NORMAL T-escore >-1

·         OSTEOPENIA T-escore<-1 e >-2,5

·         OSTEOPOROSE T-escore<-2,5

·         OSTEOPOROSE SEVERA T-escore<-2,5 e 1 ou + fraturas por fragilidade (pequeno trauma ou queda da própria altura).

Perca óssea em mulheres começa pós-menopausa e acelera 5-10 anos depois da menopausa (deficiência de estrogênio).

Fatores de Risco

·         Não modificáveis:

- história de fratura já adulto;

- fratura em parente de 1º grau (principalmente quadril);

- raça branca;

- idade avançada;

- demência ou fragilidade;

-imobilização;

- sexo feminino.

·         Modificáveis:

- álcool, tabaco;

- baixo peso;

- baixo consumo de cálcio;

- quedas frequentes e visão ruim;

- sem/baixa atividade física;

- uso de glicocorticoides;

- deficiência de vitamina D;

- história de amenorreia (>1ano);

- menopausa precoce (<45anos).

Fisiopatologia

As modificações que resultam no remodelamento ósseo podem se sobrepor a um baixo pico de massa óssea. O remodelamento ósseo tem objetivo de: reparar microlesões dentro do esqueleto para manter resistência e suprir cálcio a partir do esqueleto para manter cálcio sérico.

O remodelamento também é regulado por vários hormônios circulantes: estrógenos, androgênios, vitamina D, PTH, IGF e TNF.

A citocina responsável pela comunicação entre osteoblastos, outras células da medula e os osteoclastos é o RANKL. O receptor osteoclástico para essa proteína é o RANK. A ligação do RANKL com o RANK ativa os osteoclastos. Um atrativo para o RANKL é a osteoprotegerina (que se liga ao RANKL impedindo que ele se ligue ao RANK, o que ativaria os osteoclastos).

Quando pedir densitometria óssea

·         Mulheres pós-menopausadas (se tiverem 1 ou + fatores de risco além da idade, sexo e baixo estrogênio);

·         Todas as mulheres a partir dos 65 anos;

·         Anormalidades vertebrais em radiografias sugestivas de osteoorose;

·         Tratamento com glicocorticoide >7,5mg/d ou há >3meses;

·         Hipertireoidismo primário;

·         Redução da altura >2,5-3,8cm.

REPETIR DMO EM INTERVALOS >23 MESES.

Avaliação Laboratorial

·         HC;

·         Cálcio sérico;

·         Cálcio urinário 24h;

·         Função renal;

·         Função hepática;

·         Nível sérico de 25(OH)D;

·         TSH.

Tratamento

·         Mudança no estilo de vida (deixar álcool, tabaco, usar protetor de quadril, fazer exercício físico);

·         Intervenção nutricional: suplemento de cálcio+vit D;

·         Farmacológico:

- Bifosfonatos (alendronato, por exemplo);

- PTH;

- Calcitonina;

- Inibidor de RANKL;

- Modulador seletivo de estrogênio (SERMS);

- Terapia hormonal.

 

Fonte: Manual de Reumatologia para Residentes, 1ª Edição, Medeiros, M.M.C.