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Paracoccidioidomicose
29/09/2013
Publicado por: Sarah Gomes Diógenes

Paracoccidioidomicose

Autora: Sarah Gomes Diógenes________________________________________________________________________________________________________

 

Definição

A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica, causada pelos fungos dimórficos Paracoccidiodes brasiliensis e Paracoccidioides lutzei, que geralmente apresenta sintomatologia cutânea grave. Essa doença, em contraste com outras micoses sistêmicas não é uma doença oportunista, não ocorrendo somente em imunossuprimidos. A paracoccidioidomicose também pode aparecer, apesar de ser raramente, na forma disseminada, acometendo o sistema fagocítico-mononuclear e levando a disfunção da medula óssea.

Epidemiologia

Doença endêmica nas áreas tropicais, sendo mais frequente em trabalhadores rurais, agricultores, operários da construção civil, sendo considerada muitas vezes uma doença ocupacional. Como o fungo sofre ação do hormônio feminino 17-b-estradiol tornando incapaz de transformar-se em levedura (que é essencial para induzir a doença), a paracoccidioidomicose ocorre mais em homens, principalmente de 30 a 50 anos.

Classificação

 

 

Modo de transmissão:

O modo de transmissão da paracoccidioidomicose ocorre normalmente por inalação do fungo P. brasiliensis que habita solos contaminados.

Diagnóstico:

O diagnóstico laboratorial é feito por exame direto com KOH. Esse exame tem alta sensibilidade e achamos o parasita que se apresenta como células arredondadas, de dupla parede, birrefringente, com ou sem gemulação. Para daignóstico também pode ser feito a cultura do fungo. Provas sorológicas, como a imunodifusão em gel e histopatologia, são também empregadas, especialmente para seguimento.

Diagnóstico diferencial:

Histoplasmose em imunossuprimidos, leishmaniose tegumentar americana, linfoma de Hodgkin, Tuberculose ganglionar.

Tratamento:

As opções de tratamento são: Itraconazol é a droga de escolha, sendo usado de 6 a 9 meses se doença leve ou 12 a 18 nas formas moderadas ; Sulfametoxazol + trimetoprim por 12 meses nas formas levez e 18 a 24 meses nas formas moderadas ; Voricanazol tem bons resultados principalmente no compremetimento de SNC.

 

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Bibliografia:

- Guia de bolso do ministério da saúde: Doenças infecciosas e parasitárias – 8ª edição

- Harrison - Medicina Interna - 17ª edição