É uma doença inflamatória do pâncreas sendo apresentada com dor abdominal crônica, repetição de pancreatite, destruição fibrótica do órgão levando a insuficiência pancreática exócrina e endócrina. A manifestação da insuficiência exócrina só se manifesta depois de 70% do pâncreas lesionado.
- Múltiplos fatores de riscos
- Alcool
- Nicotina
- Nutricional
- Hereditário
- Imunológico
- Metabólicos
Alcool: é o grande responsável com 60% a 80% dos casos, mas apenas a minoria dos alcoolistas desenvolve a doença. Ocorre uma fibrose progressiva, desenvolvendo uma fibrose pancreática.
Fatores Genéticos: surgem normalmente na infância ou na adolescência e estão identificadas uma série de fatores de risco.
Pancreatite Autoimune: aumento difuso do pâncreas com elevação de IgG, autoanticorpos, elevação de enzimas pancreáticas, hepatobiliares, dor abdominal.
Obstrutivos: na confluência bilopancreática pode contribuir para episódios recorrentes de pancreatite e evoluir para pancreatite crônica.
Nicotina: co fator de risco para a pancreatite crônica.
Quando mais de 70% do órgão está fibrosado, as manifestações iniciam: dor abdominal mesogástrica irradiando para flancos e para dorso de 1 a 7 dias podendo ser de moderada intensidade ou muito intensa. Pode progredir com insuficiência exócrina e endócrina ( DM ).
Sugerido por manifestações clínicas e confirmado por métodos bioquímicos de estudo da função exócrina e endócrina pancreática e por métodos de imagem.
Prova de Lunch: estimulação indireta do pâncreas seguida de uma dosagem de concentração de tripsina. Esse método, contudo, tem baixa sensibilidade e baixa especificidade.
Imagem: Rx simples de abdome ( podemos encontrar calcificação pancreática e complicações ), US abdominal ( útil no diagnóstico de pancreatite crônica e no acompanhamento de pseudocisto ), TC de abdome e RM (podemos encontrar nela calcificação pancreática e avaliar complicações.
A evolução varia na dependência do agente etiológico, predisposição genética. A evolução da pancreatite crônica é mais rápida.
Abstinência alcoolica, tratamento da dor ( com DAINES ), tratamento da insuficiência exócrina ( administração de enzimas pancreáticas e dieta pobre em gordura ), tratamento da insuficiência endócrina ( orientação dietética, uso da insulina e hipoglicemiantes associados a insulina.
Bibliografia: Gastroenterologia e Hepatologia - Jose Milton de Castro Lima - editora: UFC