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Penicilina
10/11/2012
Publicado por: administrador

 

Texto de Clara Mota Randal Pompeu
 
Penicilinas
 
São formados por um anel tiazolidínico fixado a um anel betalactâmico, que transporta um amino secundário (podendo este ser substituído por outro grupo). São classificadas em:
 
 
 
 
Obs: Ampicilina, amoxicilina, ticarcilina e piperacilina podem vir em associação com inibidores de beta-lactamases, como ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam, ampliando suas atividades.
 
Mecanismo de ação 
 
Os antibióticos beta-lactâmicos inibem o crescimento bacteriano ao interferir no metabolismo da parede celular. Atuam ligando-se às PLPs (proteínas de ligação das penicilinas), impedindo a reação de trasnpeptidação e a formação das ligações cruzadas bacterianas (as ligações cruzadas que conferem a rigidez à parede celular), interrompendo a síntese do peptideoglicano, levando a célula à morte. Possuem sua atividade bactericida apenas quando as células estão em processo de crescimento e síntese.
 
Mecanismos de Resistência 
 
 
Aspectos Farmacocinéticos 
 
Há formulações para administração por via oral ou via parenteral. Quando administrados por via oral, devem ser tomados 1 ou 2 horas antes ou depois das refeições, para evitar ligação com proteínas alimentares e inativação pelo ácido. A exceção é a amoxicilina, que não tem sua absorção influenciada pela alimentação. Quanto à administração parenteral, a via intravenosa é preferida, uma vez que a injeção intramuscular costuma provocar dor e irritação locais.
 
Possuem boa distribuição pelos líquidos e tecidos corporais, não tão distribuídos em próstata, sistema nervoso central e olho. São compostos polares, logo sua concentração extracelular é maior que a intracelular. É excretada no escarro e no leite materno. Excreção predominantemente renal, por filtração glomerular (10%) e secreção tubular (90%). 
 
 Reações Adversas 
 
Sendo notadamente atóxicas, os efeitos adversos decorrem sobretudo de reações de hipersensibilidade, apresentando-se como exantemas cutâneos, doença do soro (raro), choque anafilático (muito raro), lesões orais, febre, nefrite intersticial, eosinofilia, anemia hemolítica, vasculites etc. Em pacientes com insuficiência renal, o uso de penicilinas pode causar convulsões. A nafcilina está associada a neutropenia; a oxacilina pode causar hepatite; a meticilina pode levar a uma nefrite intersticial; a ampicilina está associada ao desenvolvimento de colite pseudomembranosa. Quando administradas por via oral, podem provocar desconforto gastrintestinal, como náuseas, vômitos e diarreia.
 
Bibliografia
 
- Farmacologia – Rang e Dale – 6ª. Edição - Elsevier
 
- Farmacologia Básica e Clínica – Katzung – 10ª. Edição – Lange