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Insuficiência Cardíaca
06/02/2013
Publicado por: administrador

 

 

Insuficiência Cardíaca

Texto por Joana Thaynara Torres Viana


 

Insuficiência Cardíaca Esquerda

Seus efeitos morfológicos e clínicos resultam principalmente da:

- congestão da circulação pulmonar

- estase do sangue nas câmaras esquerdas

- hipoperfusão dos tecidos


É provocada por:

1.       Cardiopatia Isquêmica

2.       Hipertensão

3.       Doença Valvular Aórtica e Mitral

4.       Doenças Miocárdicas


Morfologia

Coração:

- o VE geralmente está hipertrofiado e frequentemente dilatado

- miócitos hipertrofiados / fibrose intersticial

- dilatação do AE -> maior risco de fibrilação atrial

- estase (apêndice atrial -> formação de trombo)

Pulmões:

1.       Edema perivascular e intersticial, particularmente no septo interlobular, que é responsável pelas linhas B características de Kerley nos raios X.

2.       Alargamento edematoso progressivo dos septos alveolares.

3.       Acúmulo de líquido edematoso nos espaços alveolares


Sintomas

- tosse e dispneia, inicialmente com exercício e depois no repouso -> iniciais

- ortopnéia e dispneia paroxística noturna -> piora do edema pulmonar

- azotemia pré-renal

- encefalopatia hipóxica: irritabilidade, diminuição da atenção e inquietude


Insuficiência Cardíaca Direita

Comumente provocada pela insuficiência cardíaca esquerda.

“Cor Pulmonale”: comumente associado a doenças parenquimais do pulmão, mas também pode surgir de modo secundário a desordens que afetam a vascularização pulmonar, ou que simplesmente produzem hipóxia, com sua associada vasoconstricção pulmonar.

Caraterística comum: hipertensão pulmonar -> hipertrofia e dilatação do lado direito do coração.


Morfologia

Coração: hipertrofia e dilatação do AD e do VD

Fígado e Sistema Portal:

- esplenomegalia congestiva

- hepatomegalia congestiva (“fígado em noz moscada”)

*Quando a ICC esquerda também está presente, a intensa hipóxia central produz necrose centrolobular

*Na ICC direita de longa duração, as áreas centrais podem tornar-se fibróticas, originando a chamada “esclerose cardíaca” e, em casos extremos, “cirrose cardíaca”.

Espaços Pleural, Pericárdico e Peritoneal: a congestão sistêmica venosa pode levar ao acúmulo de fluido nesses espaços -> derrames / ascite (obs: grandes DP – atelectasia do pulmão).

Tecidos Subcutâneos: edema periférico das partes mais inferiores do corpo (pedioso e pré-tibial); acamados (edema pré-sacral); anasarca.


Características Clínicas

Hepatoesplenomegalia

Edema periférico

Derrames pleurais e ascites

*Órgãos mais afetados: rim (edema periférico e azotemis mais pronunciada) e cérebro.


Terapia padrão para ICC

- diuréticos

- inibidores da enzima de conversão da angiotensina: bloqueiam o eixo renina-angiotensina-aldosterona

- bloqueadores B1-adrenérgicos


 

Bibliografia:

Robbins & Cotran, Bases Patológicas das Doenças, 8ed