Tópicos

< Voltar

Febre Reumática e Cardiopatia Reumática
06/02/2013
Publicado por: administrador

 

 

Febre Reumática e Cardiopatia Reumática

Texto por Joana Thaynara Torres Viana


FR: doença inflamatória aguda, multissistêmica e mediada pelo sistema imunológico, que ocorre algumas semanas após um episódio de faringite por estreptococos B-hemolíticos do grupo A.

CR: caracterizada principalmente pela doença valvular fibrótica deformante, principalmente a estenose mitral, que parece ser a única causa.


Febre Reumática Aguda: lesões inflamatórias focais em vários tecidos

- Nódulos de Aschoff (lesões no interior do coração): focos de linfócitos (basicamente células T), às vezes plasmócitos e células de Anitschkow (“macrófagos grandes ativados”).

- Inflamação difusa + Nódulos de Aschoff nas 3 camadas do coração = pancardite

- Vegetações (verrugas)

- Placas de MacCallum: espessamentos irregulares, geralmente no AE


Cardiopatia Reumática Crônica: alterações anatômicas cardinais da valva mitral

- espessamento dos folhetos

- fusão e encurtamento das comissuras (estenoses em “boca de peixe”)

- espessamento e fusão das cordas tendíneas


Patogenia

A febre reumática aguda resulta de uma resposta imune aos estreptococos do grupo A, que têm reação cruzada com os tecidos do hospedeiro. Os antígenos contra as proteínas M dos estreptococos mostraram reação cruzada com os autoantígenos do coração.

Células T CD4+ específicas para peptídeos estreptocócicos reagem com proteínas no coração, produzindo citocinas que ativam macrófagos.


Aspectos Clínicos

Principais manifestações:

1.       Poliartrite migratória das grandes articulações

2.       Pancardite

3.       Nódulos subcutâneos

4.       Eritema marginado da pele

5.       Coreia de Sydenham


Diagnóstico

Critérios de Jones

- Evidência de infecção prévia por estreptococos do grupo A + 2 das principais manifestações

- Evidência de infecção prévia por estreptococos do grupo A + 1 manifestação principal + 2 manifestações secundárias (sinais e sintomas não específicos que incluem febre, artralgia e altos níveis sanguíneos de reagentes da fase aguda)

FR aguda: 10 dias a 6 semanas pós-infecção – 3% dos pacientes

>: crianças 5 – 15 anos

Anticorpos estreptolisina O e DNAse B: no soro da maioria dos paciente com FR

Manifestações clínicas: artrite e cardite

Após o ataque inicial, os pacientes tornam-se mais vulneráveis à reativação da doença após novas infecções faríngeas, e é provável que apareçam as mesmas manifestações em cada ataque recorrente.A lesão às valvas é cumulativa.

Indivíduos com CR podem ter: inúmeros sopros cardíacos, dilatação e hipertrofia cardíacas, insuficiência cardíaca, arritmias, complicações tromboembolíticas e endocardite infecciosa.

 

Bibliografia:

Robbins & Cotran, Bases Patológicas das Doenças, 8ed