Texto por Joana Thaynara Torres Viana
FR: doença inflamatória aguda, multissistêmica e mediada pelo sistema imunológico, que ocorre algumas semanas após um episódio de faringite por estreptococos B-hemolíticos do grupo A.
CR: caracterizada principalmente pela doença valvular fibrótica deformante, principalmente a estenose mitral, que parece ser a única causa.
Febre Reumática Aguda: lesões inflamatórias focais em vários tecidos
- Nódulos de Aschoff (lesões no interior do coração): focos de linfócitos (basicamente células T), às vezes plasmócitos e células de Anitschkow (“macrófagos grandes ativados”).
- Inflamação difusa + Nódulos de Aschoff nas 3 camadas do coração = pancardite
- Vegetações (verrugas)
- Placas de MacCallum: espessamentos irregulares, geralmente no AE
Cardiopatia Reumática Crônica: alterações anatômicas cardinais da valva mitral
- espessamento dos folhetos
- fusão e encurtamento das comissuras (estenoses em “boca de peixe”)
- espessamento e fusão das cordas tendíneas
Patogenia
A febre reumática aguda resulta de uma resposta imune aos estreptococos do grupo A, que têm reação cruzada com os tecidos do hospedeiro. Os antígenos contra as proteínas M dos estreptococos mostraram reação cruzada com os autoantígenos do coração.
Células T CD4+ específicas para peptídeos estreptocócicos reagem com proteínas no coração, produzindo citocinas que ativam macrófagos.
Aspectos Clínicos
Principais manifestações:
1. Poliartrite migratória das grandes articulações
2. Pancardite
3. Nódulos subcutâneos
4. Eritema marginado da pele
5. Coreia de Sydenham
Diagnóstico
Critérios de Jones
- Evidência de infecção prévia por estreptococos do grupo A + 2 das principais manifestações
- Evidência de infecção prévia por estreptococos do grupo A + 1 manifestação principal + 2 manifestações secundárias (sinais e sintomas não específicos que incluem febre, artralgia e altos níveis sanguíneos de reagentes da fase aguda)
FR aguda: 10 dias a 6 semanas pós-infecção – 3% dos pacientes
>: crianças 5 – 15 anos
Anticorpos estreptolisina O e DNAse B: no soro da maioria dos paciente com FR
Manifestações clínicas: artrite e cardite
Após o ataque inicial, os pacientes tornam-se mais vulneráveis à reativação da doença após novas infecções faríngeas, e é provável que apareçam as mesmas manifestações em cada ataque recorrente.A lesão às valvas é cumulativa.
Indivíduos com CR podem ter: inúmeros sopros cardíacos, dilatação e hipertrofia cardíacas, insuficiência cardíaca, arritmias, complicações tromboembolíticas e endocardite infecciosa.
Bibliografia:
Robbins & Cotran, Bases Patológicas das Doenças, 8ed