Texto de Danni Wanderson Nobre Chagas
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença febril aguda de curta duração causada por um flavivírus.
O agente etiológico da febre amarela é um RNA vírus. Ele é um arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviviridae.
A febre amarela é uma zoonose que possui dois ciclos de vida diferentes: um urbano e outro silvestre. No ciclo humano a transmissão da doença ocorre pela ação do mosquito Aedes aegypti.
A maioria dos casos de febre amarela ocorre na África. Na América do sul a maioria dos casos ocorre no Peru.
Atualmente, no Brasil, apenas casos de febre amarela silvestre tem sido registrados. Esse ciclo é mantido por mosquitos do gênero Haemagogus.
A maioria das pessoas infectadas com o vírus da febre amarela desenvolve sinais discretos ou não apresenta manifestações da doença.
Nas pessoas que desenvolvem sintomatologia, após um período de incubação que dura entre 3 e 6 dias, a doença se manifesta com o surgimento abrupto de febre alta seguido de manifestações como cefaléia, mialgia , astenia, anorexia, náuseas, vômitos e epistaxe. Na maioria das vezes a doença se resolve espontâneamente.
Nos casos em que essa doença não evolui de forma maligna podemos observar uma série de manifestações hemorrágicas como gengivorragia, epistaxe, hematêmese (vômito negro), metrorragia, melena e hemorragias petequiais e purpúricas. Envolvimento hepático, levando a icterícia, e renal também são comuns nesse tipo de evolução.
A febre amarela é a doença que apresenta mais caracteristicamente a bradicardia relativa à temperatura (sinal de Faget).
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. O diagnóstico laboratorial deve ser feito por sorologia, pois a biópsia hepática traz riscos de sangramento.
O método sorológico mais utilizado é o MAC-ELISA que detecta anticorpos IgM contra o vírus a partir do quarto dia de doença.
Não há droga específica para o tratamento da febre amarela sendo oferecido um tratamento de suporte aos pacientes com a reposição de volume, a correção da hipotenção e dos distúrbios do equilíbrio acidobásico.
- HARRISON – Medicina Interna 17ª edição: 2006
- Cecil Medicine, 23ª Ed., tradução autorizada do inglês da edição publicada por Saunders – um selo Elsevier.
