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Filtração Glomerular e Fluxo Sanguíneo Renal
14/11/2012
Publicado por: administrador

Davi Melo

 

 

O mecanismo fisiológico básico da função renal consiste em, fazer o sangue aportado pela artéria renal e, em última instância, pela arteríola aferente, passar pela barreira dos capilares glomerulares, criando-se assim um líquido semelhante ao plasma, porém livre de proteínas, que escoa para o espaço de Bowmann(Espaço Urinário). Esse líquido é chamado de ultrafiltrado e possui características intermediárias entre o sangue e a urina final.

As concentrações do fluido resultante da ultrafiltração glomerular são semelhantes as do plasma, porém não contem proteínas e outros compostos de alto peso molecular em grandes quantidades, além de não apresentar elementos figurados do sangue. Sob condições normais, a taxa de filtração glomerular dos dois rins é de aproximadamente 125ml por minuto, ou 180 litros por dia, ou seja, o volume inteiro do sangue corpóreo circula mais de 30 vezes pelos rins em um dia.

 

 

Barreira de Filtração Glomerular

A barreira de filtração glomerular consiste em 3 elementos básicos:

 

 

Seletividade de Barreira

Ao contrário do que se possa imaginar, a barreira de filtração glomerular não é apenas uma estrutura física que exerce seu papel de barreira mecanicamente, como uma peneira. Existem alguns fatores que influenciam a seletividade da barreira de filtração glomerular, e os principais são:

 

 

Forças que Influenciam a Ultrafiltração

Existe uma fórmula que sintetiza as forças que atuam no processo de filtração glomerular e que será logo apresentada. Entretanto, antes de estudar a fórmula, é necessário que se conheçam cada uma dessas forças.


Forças que favorecem a ultrafiltração:

 

Forças que dificultam a ultrafiltração:

 

Efeitos da Resistência Arteriolar Aferente X Eferente

Outro importante ponto a se conhecer é o Fluxo Plasmático Renal (FPR), que é entendido como o volume de plasma que chega aos rins por unidade de tempo.

 

 

Controle do Fluxo Sanguíneo Renal

Uma importante característica da circulação renal é a habilidade de manter o fluxo sanguíneo renal e a TFG dentro de estreitos limites , mesmo que a pressão arterial varie. A essa estabilidade dá-se o nome de auto-regulação Renal. Dois mecanismos básicos coordenam a auto-regulação renal:

 

Fonte: Medicina Interna - Harrison - 17ª. Edição - McGrawHill; Tratado de Fisiologia Médica - Guyton & Hall - 11ª Edição - Elsevier