Texto de Bárbara Ximenes Braz
As doenças desse grupo são conhecidas por cardiopatias congênitas cianóticas, pois causam cianose no início da vida pós-natal.
Ver Tetralogia de Fallot ou Tetralogia de Fallot.
Ver Transposição dos Grandes Vasos ou Transposição dos Grandes Vasos.
Resulta de uma falha da separação embrionária do canal arterial na artéria aorta e pulmonar, consistindo em uma única grande artéria. Esta recebe sangue do VD e do VE e promove as circulações sistêmica, pulmonar e coronária, ocorre, portanto, misturas do sangue proveniente dos dois ventrículos e cianose sistêmica precoce. O aumento do fluxo pulmonar gera risco de hipertensão pulmonar irreversível.
Resulta da divisão desigual do canal atrioventricular, tendo como conseqüência uma valva mitral de tamanho maior que o normal e uma oclusão completa do orifício da valva tricúspide.
Geralmente está associada à hipoplasia do VD e a circulação é mantida por um shunt da direita para a esquerda por meio de um DSV e um DAS ou forame oval patente, que proporcionam comunicação entre VE e a artéria pulmonar.
Há cianose desde o nascimento e alto risco de mortalidade está presente.
Resulta da falta de desenvolvimento ou atresia da veia pulmonar comum e consiste na ausência de ligação direta das veias pulmonares com o AE. O feto se desenvolve por meio de canais sistêmicos venosos primitivos que drenam do pulmão para a veia inominada esquerda ou para o seio coronário.
Há presença de DSA ou forame oval patente, que permitem a passagem do sangue venoso pulmonar para o AE.
Suas conseqüências são hipertrofia por sobrecarga de volume e pressão do AD e do VD e dilatação do AD, do VD e do tronco pulmonar. Há também hipoplasia do AE, mas o VE permanece normal.
Pode haver cianose devido à mistura dos sangues bem e mal oxigenado no local da comunicação venosa pulmonar anômala e à presença do shunt da direita para a esquerda no DSA.
Fonte: Patologia – Bases Patológicas das Doenças, Robbins e Cotran; Vinay Kumar, Abul K. Abbas, Nelson Fausto, 8ª edição